domingo, 18 de março de 2012

Fairytale


Os meus olhos procuravam-te em silêncio.
Tu parecias distante, distante de ti, distante dos outros, distante de tudo aquilo que te rodeava. Não eras o mesmo, aquele que  fala e sorri para todos, aquele que diz brincadeiras, aquele que observa tudo em seu redor.
Estarias cansado devido à semana preenchida que provavelmente tiveste, estarias a imaginar o que poderias estar a fazer se não tivesse que estar ali, estarias a pensar na rapariga que deixaste escapar ou naquela que estaria à tua espera... A verdade, é que nunca saberei como te estarias a sentir.

Esperei por ti e quando realmente te vejo é isso que tens para me dar: um olhar vazio que nem se quer sei se chega a mim, lábios que não se abrem para sorrir, rosto que não ganha vida. Tudo isto para mim, aquela que  pensou em ti a semana toda, que até falou contigo,  aquela que se quer tornar alguém melhor por tua causa, aquela que se cuidou para ti, que estava alegre, sorridente e simpática para todos, porque achava, pobre rapariga, que ia encontrar aquele que desejara a semana toda, aquele que a faz ficar sem palavras, aquele que a faz ficar sem reacção, aquele que a torna acanhada, aquele que a torna diferente, irreconhecível, aquele que ela ama... e quer esquecer.
Deixaste-me assim, sem a alegria e a vontade que tinha no início do dia. Mas, não te preocupes, pois os olhos que te procuravam estarão, em breve, a olhar para um novo horizonte.

1 comentário:

carolina disse...

Porque um dia ele vai olhar para o horizonte dele e vai-te ver lá a avançar, a quebrar essa barreira, a procurar um novo horizonte. Então, ele irá perceber tudo o que perdeu quando andou a boiar e não deu valor à corrente que passava por ele todos os dias. Mas as correntes nunca ficam para sempre no mesmo sítio..